22 de dez. de 2010

Felicitações de Fim de Ano

Aos que não viram o fim do ano chegar (como eu, por exemplo) e por veras visitam este espaço, desejo um Feliz Natal e um 2011, com muitas conquistas, sonhos postos em prática, saúde e alegrias!
Leiam amigos esta mensagem, pois me identifiquei muito com estas palavras!


Senhor,


Quisera neste Natal armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar,
em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e os de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que as vezes ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que sem querer magoei ou, sem querer me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles que me são conhecidos apenas pelas aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de raízes muito profundas,
para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos,
para que novos nomes,
vindos de todas as partes,
venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável,
para que nossa amizade seja um momento de repouso,
nas lutas da vida.
Que o Natal esteja vivo
em cada dia do Ano Novo que se inicia,
para que as luzes e cores da vida
estejam presentes em toda a nossa existência,
e concretizem com a ajuda de Deus,
todos os nossos desejos.

Abraços e um Feliz Natal e que 2011 seja de muitos Tricôs!

30 de nov. de 2010

Pinhas despencam, logo idéias surgem

Há dois meses estou com um novo desafio. A Aldeias Infantis SOS Brasil, é meu lugar de espaço de trabalho, onde estou construindo vínculos e tentando encontrar um canal de comunicação, principalmente com aqueles mais frágeis. São crianças e adolescentes que nos instigam à vida, a coragem de mudar e de fazer algo não por eles, mas que eles mesmos façam por eles próprios (isto é deixar referências, que seguirão em outrora). Que encontram algo que lhes dê incentivo, pois há uma vida toda pela frente e um caminho enorme a ser construido.
Nesta época de Natal, são tantas coisas que eles poderiam fazer, criar, executar...sim! Artesanato! Lá vem a boa e velha capacidade criativa e com a suas várias possibilidades de realizar algo que manualmente pode ser feito.
Como é um lugar bem espaçoso, com pinheiros enormes, as pinhas despencam pelo pátio - nada mais simbólico do que pinhas no Natal. Aproveitei e lembrei que tenho vasculhado pela web, uma arte para mim, ainda não navegada, mas que pode agora servir como inspiração: o Fuxico, ou Yo yo, no termo inglês do substantivo. Encontro então a Yo yo Stuffed Pinecone http://www.favecrafts.com/Decorating-Ideas/Yo-Yo-Stuffed-Pinecone
Aqui está a idéia...que vou por em prática, com meus adolescentes que por vezes ficam osciosos em terras aldeianas...
Quem sabe...criando sementes para os futuros Filhos da Teia.




24 de nov. de 2010

Amiga Rosinha

Tive o prazer de conhecer pessoalmente a querida tricoteira Rosinha, durante o III Encontro Nacional das Tricoteiras, que ocorreu no mês de junho deste ano.
Rosinha estava intensamente feliz e sua alegria era contagiante...nunca vou esquecer quando a cumprimentei e num abraço super caloroso me comentou: "Júnia...sou sua fã"...ora a Rosinha, encabulou-me em fazer este comentário... veja só...logo eu?
Sentiremos a tua falta, querida!! Sei que está num lugar de muita luz, assim como tua felicidade de encarar a vida!



Deixou para nós uma lição de amizade, de curtir as pessoas com carinho e respeito de forma desprentenciosa e afetiva, transparecendo tamanha simplicidade e muita, muita verdade que só quem é verdadeiro sente (palavras não podem descrever, mas o coração pode sentir).

Rosinha é perfume, é doce, é encanto. Fique com Deus!

21 de nov. de 2010

Baubles Natalinas

É tricoteiras, o ano de 2010 está indo! As lojas, os comerciais, as vitrines...todos estão num apelo natalino imenso que ocorre nesta época do ano.



Mas vamos tricotar algo, antes que não dê tempo de vincular tricô e Natal.
Aqui está uma idéia bem legal e fácil, para a decoração de sua árvore natalina, com as Baubles feitas em tricô. Vale toda a criatividade do mundo, em cores e restos de lãs que ficaram no baú de novelos.
Até e boa decoração!

7 de nov. de 2010

O que fazer no verão?

Quando o tempo esquenta, falo no sentido literal mesmo, as ideias sobre o tricô - pelo menos pra mim - esfriam.
Fico pensando nas amigas tricoteiras que moram em regiões mais quentes do Brasil, como o pessoal do Rio de Janeiro. Olha que tem muitas de lá que tricotam maravilhas!
Mas pra mim, tricô é sinônimo de frio e quem sabe, terei que descontruir este conceito...
Bem, na verdade o tricô está ai e temos que adaptar o que tecer em dias quentes. Hoje à tarde, me deu uma pintada de saudade de tricotar e pensei no que poderia ser feito na entrada da próxima estação.


Lembrei dos lenços...bingo! Eles também podem ser feitos em tricô, com linhas leves. Sem falar que os lenços estão em alta, beleza!
Achei esta receitinha básica no blog da amiga Ká, que por vezes passa por aqui:
Ideal para quem quer retomar as tecituras, com coisas menos elaboradas possível, este caso o meu...

Abraços e bom calor, pra todos nós!

29 de ago. de 2010

Agulhas de lado (não há nada de mal nisto)


Minhas agulhas eventualmente ficam de lado. Isto ocorre por épocas do ano e o tricô até já sabe, quando ele tem que ficar à espera. Não consigo tricotar todos os 12 meses do ano. Pelo mesmo pra mim, esgota-se muitas idéias, o que teço fica sem graça e é tempo de hibernar...
  • O calor atrapalha muito quem gosta (como eu, por exemplo) de tricotar com lã;
  • Quando você percebe, que suas idéias não fluem tão naturalmente, entre pontos e peças, está na hora de dar um tempo e deixar as agulhas de lado;
  • Não se culpe por deixar seu amado tricô, te esperando. Você não vai deixar de ser tricoteira, ou deletar na mente como se tricota...mesmo que depois a gente esqueça, nada o que nos impeça de reaprender depois;
  • O tricô é uma arte dinâmica e não estática;
  • Tem horas que esgota a vontade de traduzir a receita, mesmo que esteja em português. Tem que se ter dedicação para o que queremos criar e tecer e se o contrário acontece, é hora de parar;
  • Procure aceitar quando você tem que dar um tempo para as agulhas. Nada mais saudável de reconhecermos nossas limitações.
  • É bom sentir saudades das coisas que amamos;
  • Tricotar combina com prazer definitivamente e nada tem a ver com frustração, ou perda de energia...
  • Dar um tempo para as minhas agulhas é a promessa de um re-encontro. Quem sabe na próxima temporada, onde o frio esqueta as minhas idéias.

14 de ago. de 2010

A difícil arte de tricotar...

Tenho pensado mais do que nunca que tricotar é muito difícil. Tricotar constantemente, exige dedicação, persistência, paciência, criatividade, tempo e mais do que nunca aprender com os erros e tentar aprimorar o que se constroi.
Todas estas coisas, são de fato muito difíceis. Digo difícil porque tricotar é uma arte tão encantadora, que se faltar todos estes ingredientes que envolvem desde as montagens dos pontos, até a peça feita, tricotar tornar-se uma arte com lacunas e que dá a impressão que falta alguma coisa...
Se não persistimos, não há tricô;
Se não nos dedicamos, não aprendemos novas técnicas;
Se não temos paciência, ora...paciência;
E se não temos a nossa criatividade aguçada, a peça perde totalmente o seu encanto.
Aprender com os erros, é necessário que teçamos, que nos enlaçamos e nos envolvemos com o que criamos...nada adiantará, se o nosso tricô, fique apenas em fazer pontos automáticos, repetitivos, mecânicos. Não podemos desfazer desta arte que deveria nos re-novar a cada ponto, não é mesmo?
Tricô é prazer, é inventar receitas, é reciclar fios, é fazer aquela receita fácilzinha, até mesmo tola, mas que nos alegra.
E se não for assim...devemos nos retirar, para que nossa arte não se esvazie...
As agulhas não irão fugir, e nem mesmos as lãs...que outrora nos acolherão, em pontos criativos e em novas idéias...
O tricô, nos dá seu tempo. Assim como temos que mediar o nosso tempo para o tricô.
OBS.: Olhando mais a foto achei interessante a menina que tece, não sei que ela desmancha ou tricota. Seria a tentativa de tricotar, ou parar? Tricô tem destas coisa...

7 de ago. de 2010

Lãs grossas também tecem bem

Lãs grossas dão um efeito arrojado nas peças tricotadas. Elas neste inverno estão mais comuns de serem encontrados no mercado de fios, possuindo nuances e cores bem interessantes. Mas se mesmo assim, se você encontrar dificuldade de achar lãs mais grossas, teça sua peça com 2 ou 3 fios juntos, dando um efeito de mesclados combinando tons e cores.



Aqui estão duas sugestões de belas blusas, com a tendência do tricô horizontal o que dá a marca de muitas coleções neste inverno. Os modelos são da revista chilena Tejer La Moda. Um exemplo que lãs grossas também tecem bem e caem bem no visual tricozístico.

25 de jul. de 2010

Addi turbinadas

Que as agulhas alemãs Addi http://www.addineedleshop.com/index.htm
são uma das melhores do ramo, isto é inegável. Os fios deslizam ao tricotar e ao finalizar o trabalho, as alterações na agulha são mínimas. A qualidade é ótima de verdade, e vale pagar um pouquinho mais, principalmente pelas numerações de agulhas que usualmente costumamos utilizar para a execução das peças.
Assim como a qualidade das aguhas Addi nos chama a atenção, aqui está este comercial desta inconfundível Knit
que mostra homens utilizando o tricô como um belo passa-tempo. O comercial é
divertido e quem sabe um bom motivador para que
a turma masculina também se atreva nas agulhas, afinal, a Addi é turbinada!

21 de jul. de 2010

Modèles Phildar


A revista francesa Phildar http://www.phildar.fr/ impressiona pela simplicidade dos modelos, o que é a marca mais forte de suas edições. O tricot é do estilo prêt-à-porter, aquele que não sai de moda nunca e que a beleza está nas peças simples, usuais e com toques do jeito Phildar de ser.
Interessante também são os fios e lãs dos quais os modelos são feitos, onde podemos encontramos similares nos fios nacionais, que trazem um resultado muito próximo aos que a Phildar também disponibiliza.
No estilo francês Phildar encontramos casacos clássicos em tons nude ou pretos, coletes tradicionais, blusas com detalhes simples, mas que são de extremo bom gosto. As novas tendências são apresentadas de forma sóbria, com receitas simplificadas e de fácil compreensão, com variações de tamanho, respeitando a numeração da peça, seja ela P, M ou G. Phildar onde a simplicidade é luxo!

11 de jul. de 2010

Las tejedoras especiales

Procurando videos para aprender algumas técnicas, tive a surpresa de encontrar Esperanza Rosas, uma tejedora que me supreendeu bastante. Tem o conhecimento muito grande e domínio de várias técnicas incluindo tricô (dos agulhas), tear (telar), crochê (crochet), grampado (horquilla) e bordados em tear feitos à mão - os belos motivos conhecidos como Vinchas.



Esperanza Rosas é uma autêntica tejedora nascida num pequeno povoado peruano chamado Luya. Esperanza recorda que na sua infância, mulheres costumavam a caminhar e também tricotar. Também confeccionavam tecidos no tear, e fiavam fios de lã. Aldeias de mulheres tejedoras que demonstram a simplicidade e a cultura da região, com peças artesanais de uma rico valor. Conheça mais desta cultura que as regiões do Peru, exportam para o mundo conhecer desta bela arte, além de ver disponíveis as dicas de Esperanza http://www.tejiendoperu.com/

A também tejedora Rúbia Moraes, que tive o prazer de conhecê-la no III Encontro Nacional das Tricoteiras 2010 em Curitiba, no seu blog http://tricotandoamenopausa.blogspot.com/, mostra alguns registros de sua ida ao Peru, mostrando seus doces momentos vividos neste país. Rúbia, possui um estilo próprio de tricotar, com toda a sua autencidade nos seus conhecimentos, mostrando uma intimidade como ninguém nas nuances e nas texturas dos fios. Talento este onde pouquíssimas tricoteiras possuem no Brasil. Rúbia é uma tricoteira sensível que constroi peças rústicas e descompromissadas com o que a moda dita, o que vale mesmo é sua capacidade de criar e tecer peças artesanais de um valor único!

Verdadeiras joias, las tejedoras especiales.

4 de jul. de 2010

Tricô, uma arte intrigante

Tricô é algo engraçado mesmo...ou poderia também ser considerado intrigante, ou mesmo supreendente. Ou desistente, desanimante, frustrante. Desânimo? Não, não, apenas algo reflexivo, pois tem peças que tecemos e ficam incríveis, a ponto de dizermos "nossa, até parece que não fui eu que fiz". Mas tem também aqueles momentos em que lamentamos em ter escolhido aquela lã, aquele ponto, aquela agulha, ou mesmo chegamos a pensar "porque inventei de fazer justamente, o que eu achava que sabia..."

Tricô é uma arte que não dominamos 100% nunca. Há técnicas que surgem, que ganham outros nomes com o tempo, há pontos com detalhes que desmanchamos muitas vezes e gráficos que nos enganam direitinho. Perguntas que nos invadem, bem na hora do acabamento e lá vai mais uma vez aquela dúvida cruel: mas por que não fecha o número de pontos nesta receita? Logo, tricoteira a desmanchar, re-tecer, re-tomar, re-fazer.

Retomando o que tinha dito no início, tricô é algo surpreedente, pois nos coloca em cheque, nos avalia a nossa capacidade de tentar melhorar cada vez mais, nos dá a oportunidade de nos re-novar, quando erramos quando desmachamos e finalmente, fazemos o certo.

Intrigante pelo motivo pelo qual, por mais que queremos desistir de fazer determinada peça, ainda mais aquela que traduzimos a receita, compramos a lã que julgamos a mais adequada para a confecção do trabalho e mesmo assim, não desistimos (e não desanimamos) de tricotar.

Há na verdade todo um investimento antes de colorcamos em prática nossos conhecimentos, ou desconhecimentos de tecer. E vamos e vamos colocando os pontos na agulha e dando o pontapé inicial...tudo bem, se não der certo a gente desamancha...Ufa...verdade, isto é uma boa garantia que podemos re-fazer e nos re-novar sempre. Com o nosso bom e velho-novo tricô.

28 de jun. de 2010

O Belo é básico

Tenho visto tanta coisa bonita por ai, entre revistas, blogs, Picasa e tudo o mais. E cada vez mais me chama a atenção as peças básicas e simples. E em se tratando em tricô o belo é básico. É claro que a lã, faz a diferença no resultado do trabalho da peça tricotada, mas fazer aquele tricô criativo e bem caprichado, também tem o seu lugar. Aposte na capacidade sua de fazer o seu melhor e dar o seu estilo às suas peças! A peça feita por você, não tem imitação e além disso, é autêntica e única (por mais que tentamos fazer igualzinha a receita e muitas vezes, sai mais bonita do que a original).
Aqui vai mais uma dica para a confecção no inverno. Está ótimo para tricotar neste friozinho, entre um bom chá quente, estar pertinho da lareira, do fogão à lenha, ou mesmo saboreando um bom chocolate quente.


Fonte: Revista Manequim, Editora Abril, Julho de 1999.

19 de jun. de 2010

Modelo Básico

Aqui está mais uma sugestão de uma blusa prática e muito quentinha. Uma modelo bem básico feita com a lã Paratapet http://www.pingouin.com.br/cartela/cartela_desc.php?gColecaoIdInt=5&gNoveloIdInt=31, da Pingouin. Um dos poucos fios encontrados no Brasil, feitos com 100% de lã. As cores disponíveis para a Paratapet , são bem variadas, o que dá para escolher à vontade. Este é um Pull de cor Caramelo de fácil execução.
Se der tempo, vou fazer para este inverno! Espero que gostem da dica, que apesar de simples, sempre cai bem.



Fonte: Revista Manequim, Junho de 1997.

14 de jun. de 2010

O encontro do tricô

O encontro era do tricô! Tricotaram-se amizades e novos pontos foram aprendidos.
Encontrei o tricô e muitos rostos ganharam figuras e formas, depois de longos papos e altas postagens no Google Groups.


O tricô ficou sem fronteiras em Curitiba nos dias 3, 4, 5 e 6 de junho de 2010. Lá estavam o berço de mulheres que unidas encontraram-se não somente pela rede, mas teciam agora papos in loco, onde estavam guardadinhos com enorme expectativa.

Ô...orgulho de poder estar entres elas! Conheci pessoas maravilhosas, afetivas e unicamente alegres! Fazia tempo que não me divertia tanto, num grupo tão especial que faço parte.

Grupo de tricoteiras? Mas tricô ainda se faz? Sim!! Se faz e se compartilha mais do que nunca.

Agora temos todas as técnicas, os vídeos, os sites que nos auxiliam os encontros repletos de discussões de idéias, de aprendizagens, de fotos, de risadas e principalmente de prova de laços de grandes e fortes amizades!

Um grande beijo a todas as amigas presentes que saborearam dos belos dias em Curitiba.

8 de jun. de 2010

Estas amáveis ovelhinhas

Toda a tricoteira acaba tendo como companheira enquanto faz a suas peças, uma ovelhinha para a decoração. Serve não só como parceira, mas como fonte de inspiração - mesmo que o fio que se tricota não seja necessariamente de lã...o que vale é que a ovelha, seja de autêntica matéria prima, ou mesmo um fio imitativo.
A ovelhinha pode ser de outros materiais e o feltro é um deles. Vai ai uma sugestão de como fazer várias, com retalhos de feltro com nuances e cores diferentes que dão forma à sua companheira ovelha.

Vale chaveiros, agulheiros, bottons, niqueleiras, almofadas...
Aproveitem!












23 de mai. de 2010

Blusas e casaquinho

Vasculhando em meus arquivos, encontrei uma edição de Junho de 2000 com encarte especial para as regiões Sul e Sudeste, feita pela Revista Manequim http://manequim.abril.com.br/. Aliás, esta revista sempre disponibiliza espaço para peças em tricô, nos trazendo boas idéias.













São roupas de fácil execução e com modelos simples, mas que sempre caem muito bem no seu guarda-roupa de inverno. Isto ganha um gostinho a mais, quando se trata de uma peça feita por você mesmo.

14 de mai. de 2010

Eu assumo!

Eu assumo que tricoto com fios baratinhos, que custam R$= 1,99, ou até menos dependendo da promoção da loja. Os fios Mollet http://www.circulo.com.br/mollet-40gr.html, Família
http://www.pingouin.com.br/cartela/cartela_desc.php?gColecaoIdInt=3&gNoveloIdInt=24 e similares já foram grandes parceiros de longas carreiras. E sabe que teci peças bem interessantes com estes fios Made in Brasil (com s mesmo). Confesso que já tive algum sucesso com receitas de revistas nacionais, estas que compramos nas bancas. Aliás, estas revistas têm mudado muito a sua qualidade, apresentando ultimamente modelos bem bonitos, elaborados e que vale a pena fazer. Assumo também que utilizo agulhas retas. E assumo que tentei tricotar com agulhas circulares e não me adaptei muito bem. Assumo que já fiz Laces com o fio nacional mais fino que encontrei: o Cristal básico que tem cores bem bonitas. Assumo também que usei palitos de dente, para substituir agulhas de tranças (pela leveza de segurar os pontos atrás do trabalho tricotado).

Assumo que faço moldes em papel pardo, do que vou tecer quando se trata de roupas que levam mais tempo para tricotar. Assumo que usei como contador de pontos, pequenas borrachinhas para cabelos coloridas, onde compramos aproximadamente umas 100 unidades por R$= 2,00.

Assumo que até bem pouco tempo, não sabia fazer mate simples e nem mate duplo. Confesso que se não fosse a participação nos grupos de tricô, tanto pela internet - e nem se fala os encontros pessoalmente - eu NÃO SABERIA FAZER QUASE NADA DE TRICÔ!

Assumo também que compro livros nos sebos com edições que não encontramos mais por ai, sendo verdadeiras raridades em termos de técnicas e de clareza nas explicações.

Confesso que já fiz perguntas idiotas, com relação a algum ponto, ou por estar "enrolada" numa técnica e pedindo um socorro. A propósito, uma tricoteira encontra-se volta e meia enrolada nos seus fios...

Assumo que deixei um trabalho a espera de um inverno para o outro, com preguiça de terminar, ou simplesmente por estar casanda daquele trabalho tão repetitivo...

Confesso que tricoto desde os 9 anos, mas assumo que deixei de tricotar por anos, porque esta arte ficou (pode ser que por mim, assumo isto também) esquecida e as lãs e agulhas guardadas e quase escondidas por muito tempo.
Assumo que algumas vezes, compro lãs e fios mesmo sem saber o que vou tecer e simplesmente não resisto e compro...
E definitivamente assumo e confesso que sou uma amante do tricô!

9 de mai. de 2010

O Maternês no Tricotar

O Maternês é uma forma bastante particular e singular, da qual a mãe tende a usar uma linguagem afetiva com seu bebê, envolvendo os cuidados no dia-a-dia, desde dos momentos de troca de fraldas, banho e amamentação. Possui um tom adocicado, próprios das mensagens maternas, onde a mãe olha para seu bebê e comunica-se com ele de forma intensa e afetiva. Construindo elos e tecendo afetos. Tons agudos são emitidos, a voz se altera, barulhos típicos são inventados, onde ambos mãe e bebê tramam a sua linguagem, em expressões faciais, gestos e sorrisos.

Não é à toa que o tricô às vezes é associado com uma gestante, preparando o enxoval para o bebê que espera. Já nos deparamos com aquele comentário "tricô é coisa de grávida", que coloca a gestante numa condição passiva, onde lhe resta é tricotar e esperar...Ora o perfil de nossas grávidas mudaram e o ritmo de vida da mulher também mudou. Mesmo porque não há o que impeça que a própria gestante faça e teça um sapatinho feito com suas mãos, não é mesmo? Aliás, sei de alguns relatos que a mulher aprendeu a fazer tricô, porque estava grávida e ela mesma queria fazer sapatinhos e casaquinhos, e que a partir dali, começou a tricotar e não parou mais.

Constrói-se o Maternês e o Tricotar, dando os primeiros pontos e também os primeiros vocábulos, numa teia que não é tênue, mas que é contruída de forma permanente e definitiva, onde os elos são os de carinho e de amor.

Feliz Dia das Mães à gestantes, às mães de muitas viagens e às muitas mães de coração que maternam e tricotam e que tecem o Maternês.


* A foto é a capa da revista RYC - Classic Mother and Baby, que contém receitas para a mãe e seu bebê, contemplando não só os recém nascidos, mas os pequenos até os primeiros anos de vida. Possui também modelos femininos bem interessantes.

2 de mai. de 2010

Os Pontos e seus nomes

Os pontos de tricô, podem receber nomes diferentes conforme a época que eles surgem.
Mas existem nomes de pontos bem curiosos e são batizados de acordo com o motivo que eles acabam tendo, na medida que vamos tecendo.

Por exemplo o ponto Jersey, pode ser tanto o ponto Meia (direito), quanto o ponto Tricô (avesso), tem tricoteiras que conhecem como ponto Musgo - já dizia a tricoteira de mão cheia Vera Macedo. Quem não conhece o ponto Pipoca? Também conhecido por ponto Astracan e definido por Rosas de Portugal.



Ponto Rio Simples é conhecido também por Riviera; O ponto Chocalhos: Campainhas; Ponto As Ondas: As Vagas; Ponto Pingentes: Borlas; Ponto de Palmas: Velas; Ponto Encaniçado: Grade; Ponto Grinalda Canelado: muito semelhante ao Ponto Corda de Furinhos; Ponto Cevada: Peneira.

Estes pontos seguem os que estão disponíveis no 1300 Pontos que podem ser encontrados no Blog Pequenos Pontos da tricoteira Olivia http://pequenospontos.blogspot.com/2009/02/livro-de-trico.html

Outra fonte pesquisada onde estes pontos foram encontrados, está o livro de 1957, editado em Portugal O Método de Fazer Malhas de Fernando Baptista de Oliveira, que traz versões do tricô à mão e à máquina. É uma edição antiga que consegui comprar pela Estante Virtual http://www.estantevirtual.com.br/ . Esta é uma boa dica para quem está a procura de algumas raridades de tricô, entre revistas e livros.
Ao pesquisarmos os nomes dos pontos de tricô, entramos em contato com a bagagem cultural onde eles estão inseridos, dentro de uma propriedade artesanal de pequenos grupos e de gerações.

21 de abr. de 2010

Macaca Tricoteira

Entre agulhas me sinto uma verdadeira "Macaca Tricoteira". Não tem as Macacas de Auditório? Pois então...



Mas o que seria uma "Macaca Tricoteira"? Explico: Aquela que está sempre inventando moda, e tentando aprender coisas novas...novos pontos, novas técnicas. Compra fios e lãs (nem que não saiba o que tricotar depois, mas compra mesmo assim). E esta Macaca é antiga, como uma evolução dos primórdios do tricô de tempos atrás. Pode ser que o ancestral do tricô seja o velho e amarelado 1300 Pontos (quem tem que guarde com muito carinho).

E também há a expressão "Macaca Velha": pode ser também aquela tricoteira que sabe muitas técnicas, onde os nomes dos pontos eram definidos nos seus manuais, no tempo quem eram chamados de "Ponto Pavão", "Os Ajourados", "Ogivas", "Ponto de Claves" e vários outras variações que outrora faziam parte do idioma tricotês.

Quantos Micos ou Micas, pode-se dar com relação ao tricô? Com certeza muitos! Em todos os sentidos, mas principalmente quando nos referimos a pontos que nunca acertamos...
Mas olha que divertido ver esta simpática Macaquinha tricotando!
Percebe-se que está muito contente e realizada, fazendo o seu provável cachecol básico.
Deixa ela...o que importa mesmo é ser uma Macaca feliz, tricotando,
errando pontos, pagando seus micos, rindo que suas laçadas que mais parecem buracões no seu tricô e finalmente encantada com a moderna Shalw que acabou de aprender, um luxo só!

Oba...me defino por completo então: sou uma orgulhosa Macaca Tricoteira!


11 de abr. de 2010

Tarde Manufacturada

Era uma bela tarde de sol em Porto Alegre. Quinta-feira santa, de fato abençoada. Fazia um bom tempo que não visitava minha tão querida e afetiva professora de faculdade. Encontrei minha Mestra, mais ativa do que nunca, mas agora em outras ramos. Um ramo da arte, da produção e da criatividade. Não que a Psicologia não lhe desse este canal espontâneo anteriormente, mas como terapeutas, ficamos mais ligados à libertação das pessoas, de sua saúde mental, do que no nosso pensar criativo, que acaba sendo deixado de lado, guardadinho e encaixotado (com carinho) no pré-consciente. Agora mais livre de repressão, ou da própria intelectualização...

Lembro das idéias do psicanalista Donald Winnicott (1975), sobre o conceito de Espaço Potencial, sendo um campo de ação que vai além do externo e do interno, onde a pessoa não se restringe a um único significado, mas está inscrita num processo dinâmico onde a condição humana segue seu curso com intensa plasticidade de desenvolver-se e de evoluir.

Portanto, novas significações emergem na medida em que novas formas de configurações de viver e interagir surgem no sujeito, e onde o tempo e a forma destas interações são, agentes de mudança e de transformação. Falo no tempo, porque este nos transforma e nos traz condições de criar, de resignificar e isto é algo inesgotável...

Isto evidencia que as idéias da menina Ana, que aprendeu a tricotar quando tinha 10 anos ganha espaço em potencial na sua vida.

Este espaço atualizado por Ana Lúcia é um atelier seu, construído por suas idéias, lãs e fios de seda, onde trama belas peças no seu Tear de Pente Liço, que lembrou muito aquele de Anna Freud que permanece ainda exposto no Museo em Londres... http://www.20thcenturylondon.org.uk/server.php?show=conObject.10421&from_cat=79 Vejam só que bela coincidência?

Ana Lúcia Duarte, a Lulua despertou e deixou-se guiar pelas agulhas, inventado moda (literalmente) e cada vez mais libertando a tricoteira de sempre que estava a tempos internalizada. Só faltava uma oportunidade e esta chegou em definitivo e com muita força.

A tarde de quinta feira foi Manufacturada http://www.manufacturado.com.br/ . Falamos de tricô, de técnicas, de pontos e texturas, de fios, de Psicanálise, regados a um belo cafezinho e boas risadas. Lulua sucessos mil, nesta tua nova trajetória...nem tão nova assim, talvez mais antiga do que a Psicologia, a Psicanálise e o do lecionar na tua vida.

Grande beijo!

A foto mostra uma das peças feitas por Lulua Duarte, confeccionada em Tear de Pente Liço e Fios de Seda.

31 de mar. de 2010

De olho (literalmente) no Tricô

Cabe aqui lembrar sobre o poder que o olhar de uma tricoteira pode alcançar, quando avista uma peça - que achamos linda - mas que não temos a receita.
O jeito é olhar de todos os ângulos, todos os detalhes e analisar minunciosamente.
Ver bem os pontos que foram tecidos na peça, a lã utilizada e sua textura. Isto acontece, até mesmo, quando vemos alguém usando um casaco, ou blusa, ou simples cachecol que o olho já detecta que trata-se de uma peça feita à mão. Já ficamos literalmente de olho, quando não puxamos conversa e não resistimos em dizer "mas que linda a tua blusa..." O instinto tricoteiro, nos fala mais alto e não tem como evitar. Só temos que cuidar para que o nosso comentário não pareça invasivo. Se bem que as pessoas geralmente gostam de receber elogios de suas peças, e não se contrariam em dizer onde comprou e quem fez...Afinal pode estar ali uma grande tricoteira e pronto...está formada a conversa, rolando assuntos sobre pontos, dicas e tudo o mais.

E quando achamos aquela peça de tricô à mão, mas sem receita...(e sabe-se lá onde ela está) e nos apaixonamos pela peça e ficamos com uma enorme vontade de tricotá-la? Nos deparamos com um sentimento (nem que seja por alguns instantes) de frustração, por não ter a receita prontinha e certinha....Então, qual é o recurso que nos resta? O olho na foto da receita; a noção dos números de pontos utilizados; a amostra se o que olhamos se confirma e a coragem de começar a tricotar...no ponto e no olho!


Com o tempo, vamos corrigindo receitas erradas só no olhar. Com o tempo fazemos uma peça inteira só com o olhar... A blusa acima é um exemplo de uma receita que não tenho, mas que pode ser bem observada de pertinho e ser tricotada traquilamente.

Olhos de lince, fazemos um Lace. Então, olho vivo no tricô!

25 de mar. de 2010

Armadilhas das receitas

As maiores dificuldades que enfrentam as tricoteiras, de fato são as receitas cheias de armadinhas. Me refiro às receitas que se apresentam de forma errada. Isto é um grande problema, quando se está tricotando e os pontos não fecham, a peça fica pequena demais, ou grande demais, o ponto fantasia não corresponde ao modelo que a foto apresenta e por ai vai...


Infelizmente, são as revistas nacionais onde estão os maiores erros nas receitas. Queremos e tentamos valorizar o material nacional, afinal encontram-se modelos bem interessantes nas revitas made in Brasil. Mas como realizar uma receita que de cara percebemos que há algo estranho (e às vezes os erros são grosseiros)? Realmente fica difícil...e isto nos contraria bastante. Mais uma vez, clama-se por um espaço de mais respeito com os que tricotam neste país. O tricô aqui tem o seu público fiel e que muitas vezes improvisa por não haver acessórios no mercado...

Recorremos às revistas importadas, não porque ficamos fazendo tipo, mas as receitas estão corretas, e provalmente passam por um test-drive antes da sua publicação. Isto é sinônimo de respeito ao público que consome os produtos e receitas de tricô, onde muitas vezes irão resultar em peças, que podem gerar lucro e renda para seus realizadores.

Porisso tricoteira, fique literalmente de olho e confie mais em seu olhômetro e feeling, do que em muitas receitas que estão disponíveis por ai, ok?


  • Faça amostras sempre antes de começar a peça;
  • Veja se o fio sugerido na receita é realmente o que corresponde ao tamanho da amostra - Carreiras e número de pontos a serem montados;

  • Olhe detalhadamente a foto da peça que deseja tricotar;

  • Invente em cima da receita, sempre. Dê o seu próprio toque o seu estilo;

  • Se a receita lhe parecer estranha, busque outros recursos. A ajuda de outras tricoteiras são fundamentais, trocando opiniões sobre o modo de confeccionar;

  • E lembre-se: UMA RECEITA ERRADA, NUNCA DARÁ CERTO, POR MAIS QUE VOCÊ DESMANCHE...

  • Não se prenda e não insista nas receitas que estão erradas, pois não é você que não está sabendo tricotar;
  • A Criatividade vale mais do que mil receitas!

A imagem é meramente ilustrativa...(com esta, vou até conferir se está certinha).

24 de mar. de 2010

Na Páscoa: Tricô


Uma sugestão para enfeitar a sua Páscoa encontrei disponível em:
Apenas acrescentaria na receita, dentinhos que poderiam ser feitos bordados com lá marfim, para dar um toque a mais nos coelhinhos. Pode-se fazer a família inteira e de várias cores.
Aproveite as sobras de lãs, para fazer estes simpáticos coelhinhos!

E claro: FELIZ PÁSCOA !!!

21 de mar. de 2010

Inspirações para o outuno

...e idéias para dias amenos.
Amenos com relação ao frio. Aqui vai algumas sugestões de peças tecidas como mandam os franceses.
Blusas e casaquetos finamente acabados e que não podem faltar no quarda-roupa. Uma bela sugestão para já começar a tricotar. O outono está ai e mãos à obra!






Belos modelos? As receitas estão em *http://picasaweb.google.com/Barbaraknitting/Phildar026#

* Sob responsabilidade de seus divulgadores - álbum público do Picasa.

19 de mar. de 2010

O que nos diz uma sábia tricoteira?

Há tempos queria palavras e opiniões de alguém que conhecesse o tricô de forma considerável.
Eis que surgiu em minha teia de pensamentos o nome de Bia Medina.
Bia Medina é uma pessoa muito respeitada no meio da arte de tricotar da qual , gostaria de reservar um espaço em destaque.
Gostaria muito de saber algumas idéias de Bia, com relação ao tricô. Fiz algumas perguntas e ela me respondeu com muita gentileza e objetividade.

Bia Medina é tricoteira desde dos 12 anos de idade, onde aprendeu a fazer sozinha, com a coleção de fascículos Mãos de Outro. Já o Crochê a avó de Bia lhe ensinou, quando tinha 7 anos. É carioca, mas atualmente mora em Campinas há 5 meses. Trabalha como tradutora, mas já foi programadora visual e jornalista.

Vamos às perguntas:

1) Como percebe o tricô hoje? Que espaço ocupa quem faz esta arte?
2) O que não pode faltar para um bom tricô, entre acessórios, dicas e afins?
3) O tricô está mais para um arte gregária ou solitária?
4) O que é in e out no tricô?

1. Percebo que o tricô vem perdendo a imagem preconceituosa de "coisa
de velhinha" para ocupar um espaço maior - como terapia, como
passatempo e como forma de expressão artística (talvez mais no
exterior do que no Brasil). Já o espaço das tricoteiras ainda é
pequeno, quando olhamos a sociedade e a economia brasileiras como um
todo. Tradicionalmente, na nossa fonte cultural portuguesa, o crochê e
o bordado têm mais importância do que o tricô como ocupação feminina,
ao contrário do que acontece, por exemplo, na Grã-Bretanha. Além
disso, aqui no Brasil o trabalho manual é pouco valorizado; devido à
nossa história escravista, tudo que envolva trabalho com as mãos é
considerado serviço menor, coisa de escravo, de servo, de pobre. Mas
isso está mudando, o que é muito bom.

2. O que não pode faltar? Fio e agulhas. Ah, também é bom que não
falte criatividade, senão o tricô fica muito monótono: só copiar é
muito chato.

3. O bom é que pode ser as duas coisas, né? É uma ótima ocupação
meditativa quando se está sozinho, mas também é maravilhoso tricotar
em grupo. A internet permitiu o contato entre tricoteiras antes
absolutamente isoladas. Nunca me esqueço da alegria que senti quando
encontrei a minha primeira lista de crochê, em 1998, ou a primeira
lista de tricô em que me senti bem acolhida, em 2007; a partir daí,
pude falar das coisas que me apaixonam com pessoas que entendiam do
que eu estava falando.

4. Ah, isso de in e out não é comigo. Eu diria que é in fazer o que se
gosta e que é out ter medo do que os outros vão dizer.


*E em homenagem à Bia Medina, aqui está uma imagem que remete aos doces momentos das lições de crochê com sua avó, sendo observada pela atenta neta aprendiz.

E ao estilo de Bia Medina me despeço:

Bjk, btz.

17 de fev. de 2010

Às muitas tricoteiras



Uma definição adequada sobre o estilo de tricotar, deve-se levar em consideração que perfil nos identificamos mais. Já havia comentado no post anterior sobre o estilo que ganharam as tricoteiras, e o quanto são as influências que tornaram o tricô mais moderno. O tricô está ai, disponível mais do que nunca e há algum tempo, vem sendo uma arte sem fronteiras.

Com o tempo, vamos identificando no pessoal que tricota algumas características. Esta arte nos trouxe acessórios diferenciados que não encontramos mais nos baús de novelos. Em compensação, não achamos mais as relíquias que antes existiam.

Há tricoteiras de vários níveis, que depende do acúmulo de experiências e formas muito particulares de tricotar. Sempre tem alguém que sabe um toque a mais e fornece boas dicas bem na hora que precisamos - depois que a gente já quebrou a cabeça fazendo e refazendo muitas vezes os pontos da receita.


Em algum momento da vida, você já se deparou na situação em que se sentiu assim:
  • Tricoteira Ansiosa: sabe aquele ponto que não aprendemos nunca e que parece que a receita "trava"? A ansiedade toma conta quando olhamos as "300" peças que queremos tricotar. O tricô acaba ficando desorganizado e aquela agulha que precisamos bem naquela hora...simplesmente sobe. Não só o fio fica enrolado, mas a própria que tricota. A dica é dar uma volta e um tempo para as agulhas, e depois voltar mais tranquila e remotar os pontos.

  • Tricoteira Modernoza: está sempre de olho nos acessórios importados que surgem no Knit World. Além de serem mimos para um bom tricô, são dotados de utilidade que facilitam o manejo do tricotar e auxiliam nas técnicas. São contadores e seguradores de pontos, agulhas circulares intercambiais e muitos outros acessórios que encantam as tricoteiras brasileiras. Mas enfrentamos ainda o acesso, o preço, os impostos de importação e muitas vezes ficamos só na vontade de uma bela agulha circular de niquel.




  • Tricoteira Fashion: Fios, lãs e texturas são as suas manias para experimentar modelos e novas idéias. Receitas e inventos com estilo e bom gosto, estão inspirados no que ditam as marcas famosas nos desfiles da estação e as novas tendências. Modelos diferenciados realmente fazem a sua cabeça e possui um estilo arrojado de tricotar e de criar suas peças.



  • Tricoteira Clássica: Longe de chamá-la de velhinha tricoteira, que ficava sentadinha na cadeira de balanço fazendo tricô para todos da família. O estereótipo de quem não tem mais o que fazer e só faz tricô, já era! As tricoteiras clássicas possuem sim os seus manuais eternos de pontos, suas receitas que nunca saem de moda e seu baú de experiências que trazem de anos. Prontas estão elas para dividir com as novatas o que sabem. Hoje estão em pleno contato com a tecnologia, com seus blogs, Raverly e tudo que o bom e o velho tricô lhes proporciona.


  • Tricoteira Relax: Faz o seu tricozinho numa boa. Vai aprendendo aos poucos a dar seus pontos mais elaborados e se diverte quando faz o seu cachecol em Fios de Tricô. Faz seu o Knit Basic e está aberta a fazer gorros e polainas. A pressa e a obrigação não fazem parte do seu tricotar. Faz o estilo de tricotar o básico e o essencial.

  • Tricoteira Persistente: Namora aquela receita há anos e finalmente chega aquele inverno que vai sair a peça! Insiste, persiste, erra, desmancha, aumenta, diminiu, muda o fio, faz amostras, monta pontos (de 20 para 30, e resolve deixar só 25 pontos na montagem), muda o ponto, a receita, a cor, o tamanho da agulha...Mas é admirável a sua capacidade de tentativas e o seu poder de "ensaio e erro" para que o seu tricô saia na linha! Avante! Tudo isto pela arte! E no final admira-se com o que cria!


Como comentei, em algum momento da nossa trajetória como tricoteiras, nos vemos nestas situações. Eu mesmo lembro que foram muitas as vezes, que me senti ansiosa por não conseguir terminar projetos pendentes e por não saber fazer um ponto ou outro. Ou até mesmo, morrendo de vontade de ter todos os acessórios e mimos tricoteiros que fazem o tricotar ficar caprichado, afinal merecemos. Amamos esta arte e fazê-la é um prazer muito grande. Que bom que sei fazer tricô, nem que seja alguns pontos e peças básicas. O importante mesmo é dar o seu próprio estilo aos pontos, sempre acrescentando à nossa forma particular neste universo tão grande que é o tricô!